Partimos bem cedo de Florianópolis em ônibus. Paramos no centro de Ascurra para comprar água e tomar café, onde recebemos as instruções finais sobre o percurso.
O ônibus nos levou até a comunidade de Guaricanas onde iniciamos a caminhada.
Como sempre, saímos todos em um único bloco. Aos poucos os caminhantes vão se agrupando e cada grupo impõe seu ritmo. Ainda estávamos relativamente juntos, e a Clarice e eu estávamos mais para a retaguarda do pelotão. Por se tratar de uma estrada plana, alguns estavam com o cajado preso na mochila. Ao passarmos em frente a uma casinha bem simples, havia um senhor aparentando mais de oitenta anos sentado na varanda. Nós o cumprimentamos, ele se levantou retribuindo ao cumprimento e perguntou: "O que está acontecendo? Estourou alguma revolução lá para baixo?"
Caminhar no frescor da manhã é sempre mais agradável. Sentir os primeiros raios do sol buscando se impor é revitalizante. Neste momento, as sombras são graças que se recebe.
Por volta das 13 horas, passamos na propriedade de um senhor de oitenta e tantos anos que possui um alambique e fez questão que provássemos da cachaça pura e de sabores que fabrica. Não nos fizemos de rogados.
O caminho oferece paisagens de rara beleza. As características arquitetônicas das edificações erguidas pelos colonizadores europeus estão presentes a cada nova curva da estrada
A religiosidade dos colonizadores também se revela na quantidade e qualidade dos templos.
Já era 14h30m quando paramos à sombra de uma igreja para lanchar e "jogar conversa fora".
Ao final da tarde chegamos cansados em frente a igreja de Ibirama.
Eu estava particularmente "estourado", tendo em vista que minha bota estava machucando no tornozelo e para evitar a dor, mudei a passada, gerando outros problemas no pé e sobrecarregando o esforço físico.
No dia seguinte acordamos numa manhã com névoa e tomamos o café da manhã.
Parte do grupo partiu para uma caminhada e os demais seguiriam para efetuar rafting.
Eu (Maurício) não fiz o rafting e acompanhei o grupo para fotografar.
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