2007 - Maio, 19 e 20
Essa caminhada foi organizada pelo Diego que mora em Ascurra e conheceu o pessoal da ACACSC (Associação Catarinense dos Amigos do Caminho de Santiago de Compostela) na viagem a Machu Picchu, no Perú.
O anfitrião (foto ao lado) se desdobrou para oferecer uma ótima programação e atingiu seu objetivo.
Saímos para Ascurra em ônibus, no início da noite de sexta-feira (dia 18). O destino era a casa que pertenceu a avó de Diego, que se encontrava desocupada e serviria para nos hospedarmos.
Ao desembarcarmos fomos de imediato nos instalando com a colocação de nossos colchonetes no chão e continuamos colocando as conversas em dia.
Choveu muito naquela noite, prenunciando dificuldades para caminhar na trilha.
Nosso objetivo no sábado seria caminhar até a Cruz de Pedra, que é descrita no site da Prefeitura como "Fenda na Serra da Leoa localizada no município de Ascurra. Tem-se acesso através de uma trilha pelo Bairro Saxônia com 4hr de caminhada, nível médio p/ difícil...".
Acordamos, tomamos o café da manhã e nos reunimos em frente a casa, aguardando o ônibus que nos levaria até o início do trajeto do dia.
Conforme previsto, a chuva havia castigado a trilha, deixando-a enlameada e escorregadia, forçando-nos em determinados momentos a nos apoiarmos na vegetação que a margeia para buscar segurança nas passadas.
Quanto mais subíamos pior ficava a situação. Mesmo assim seguíamos, ora atravessando riachos e ora vencendo lodaçais.
Na frente seguia um pelotão com os guias locais que conhecia a trilha. De vez em quando, ao encontrarem algum percalço, emitiam uma mensagem de alerta que se propagava pessoa a pessoa até o último da fila.
Já estávamos sob densa mata quando veio o vaticínio; "não dá mais". Alguns ainda tentaram, porém, a partir daquele ponto, devido às chuvas, a aventura já mudaria de especialidade, envolvendo escaladas, coisa não habitual para a maior parte dos que ali estavam. Parece-me que alguém prosseguiu, mas até hoje não sei efetivamente foi(ram) até a Cruz de Pedra.
Ao retornarmos para a casa, imundos, queríamos prioritariamente uma coisa: BANHO! Neste momento o espírito peregrino teve de atuar, visto que éramos um grande grupo e dispúnhamos de somente um banheiro. Então, num pedaço de papel de embrulho foi providenciada uma lista de banhos onde cada um que ia chegando adicionava seu nome ao final da fila. Deu tudo certo, como sempre.
Quando todos estavam de banho tomado já era início da noite. Seguimos para a Catedral para participar da missa.
Após a missa fomos a uma festa italiana, onde instalados em uma mesa grande e única, transformando-nos em atração da festa, recebendo de Diego, agora vestindo roupa típica italiana, toda a atenção.
O domingo amanheceu garoando, obrigando-nos a vestir as capas de chuva.
Partimos ali da casa onde estávamos para o bairro Guaricanas caminhando por estradas vicinais.
Estávamos caminhando ainda sob garoa quando ouvimos som de música se aproximando e em alto volume. Era a rural de um amigo do Diego que veio alegrar a caminhada.
Paramos para uma visita à vinícola Mondini.
Continuamos caminhando até a hora do almoço no Restaurante Mariota.
Dali fomos de ônibus para a a casa onde estávamos hospedados.
Para surpresa geral a família de Diego nos recepcionou na casa deles no meio da tarde de domingo com uma mesa de sobremesas que saboreamos antes de partirmos em retorno a Florianópolis.
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