Caminhada: São José/SC - Angelina/SC - Set 2009


2009 - Setembro, 03 e 04

A Clarice já havia percorrido a pé esse trajeto de aproximadamente 53 km, por diversas vezes, sem paradas para pernoite. Porém, devido ao fato de que desta feita a caminhada serviria para testar sua recuperação da fratura da tíbia ocorrida no Circuito do Vale Europeu, realizado em 2008 no vale do rio Itajaí, entendemos conveniente fazer um pernoite em São Pedro de Alcântara, que fica no meio do trajeto.


Das vezes que a Clarice foi a Angelina, eu nunca a havia acompanhado. Ela ia sempre com seu irmão e numa das vezes um sobrinho meu a acompanhou. Eu sempre ia de carro no dia seguinte para buscá-los.

Dessa vez, o irmão dela é que iria nos buscar de carro.

De nosso apartamento em São José/SC até São Pedro de Alcântara, são aproximadamente 25,4 km em estrada pavimentada. Sai de uma altitude de 6 metros e chega-se a 222 metros.

De São Pedro de Alcântara até Angelina, são aproximadamente 27,8 km em estradas de terra com muitas subidas e descidas, saindo-se dos 222 metros de altitude até os 456 metros.

Naquela época o clima não estava definido. Era um período de muitas chuvas. Fomos preparados para tudo.

Já no início, às margens da BR-101, tivemos de parar num ponto de ônibus e colocar a calça impermeável nossa capa e a capa da mochila.

Minutos depois a chuva parou e abriu o sol que se firmou até o final da caminhada, no dia seguinte.



Não havíamos feito reserva na pousada em São Pedro de Alcântara. Encontramos a proprietária da Pousada Vó Nila na casa paroquial, bem em frente da pousada e ao lado a casa da proprietária. Fomos muito bem atendidos.

Jantamos na própria pousada. Comida caseira deliciosa.


Pela manhã tomamos o café da manhã na pousada, passamos na Igreja e partimos para Angelina.



Estava quente e a caminhada transcorreu sem percalços, exceto pelo susto por parte de um enorme cachorro em uma propriedade com os portões abertos.

Esse trajeto (São Pedro - Angelina), se caracteriza pela quantidade de subidas e descidas que apresenta. Inicia-se a subida de um morro e parece que nunca vai acabar. Avista-se uma curva e parece que se iniciará a descida. Ledo engano, aparece mais morro para subir.

Quando se chega ao topo, inicia a descida. Parece que se está descendo mais do que o que se subiu.

Caminha-se mais um pouco e começa tudo outra vez.





Já próximo a Angelina, são as curvas que pregam peças. A estrada forma grandes alças e de uma curva se vê, próximo, outro trecho da estrada que se passou ou que se irá passar. Está sempre mais próximo do que o trajeto que se é obrigado a cumprir.

Este é o desafio. Por mais simples que possa parecer ser pular cercas e atravessar propriedades, necessita-se ficar na estrada e seguir o caminho que nos foi apresentado.

Ao final, do alto de um dos morros se avista Angelina. É a certeza de que estamos por vencer o desafio.

Caminhadas de longa distância são prazerosas exatamente pelas dificuldades que vencemos. Temos o peso da mochila, o pé trancado numa bota, os limites do organismo, a sede, o cansaço e o sol ou a chuva trazendo algum grau de dificuldade.

Agora, pergunte a algum caminhante se ele trocaria o desafio da caminhada por um passeio de carro. São coisas distintas e cada um tem seu lugar, mas o prazer sentido ao final da caminhada é impagável.

Chegando na cidade, fomos ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição.

É sempre agradável subir à gruta.

Um momento de oração e descemos para aguardar o Cláudio que viria nos buscar.







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