2011 - Março, 19
A trilha foi programada pela ACACSC (Associação Catarinense dos Amigos do Caminho de Santiago de Compostela), com uma semana de antecedência e previsão de fazê-la com ou sem chuvas. Durante toda a semana tivemos tempo bom, mas na sexta-feira baixou um vento sul daqueles. Então acessei o site do climatempo e a previsão era de chuva para os três períodos, ou seja, já sairia de casa com chuva. Assim, separei uma mochila pequena preparada para qualquer tempo, inclusive muita chuva.
Mas São Tiago nos protege e tivemos um sábado de sol, tornando o passeio fantástico.
Na antevéspera a mãe da Clarice adoeceu, exigindo a companhia dela e eu iria com meu primo Marcos, que já havíamos convidado para nos acompanhar.
Chegamos à praça da Lagoa alguns minutos antes do horário combinado e aproveitamos para cumprimentar os amigos e atualizar as novidades.
Após os alongamentos e a oração, o José Alves anunciou que as cervejas seriam por sua conta, para comemorar seu aniversário. Aclamado, cantou-se o "Parabéns a Você", ali mesmo na praça.
Outra boa novidade foi o retorno do Leo (Leônidas), que chegou disposto e com aquela sua alegria contagiante.
Iniciamos a caminhada contornando a orla da Lagoa até o Canto dos Araçás, onde paramos para aguardar um peregrino.
A trilha está em bom estado e fornece bastante sombra, tornando-se uma ótima opção de programa para fim de semana.
Dois cães nos acompanharam por todo o percurso, indo e vindo, chegando a incomodar em alguns momentos. O curioso foi observar que o relógio sexual dos dois não casava e o macho tentava permanente se agarrar na cadela mas ela o ignorava solenemente, restando a ele pendurar-se na pata dianteira dela. Hilário.
Chegando à Costa, fomos ao Restaurante lagoa Azul, onde nos instalamos nas mesas para o festivo almoço regado a cerveja patrocinada pelo José Alves, nosso Presidente, a quem repetimos aqui votos de vida longa e muita felicidade ao lado de sua Maria.
Em nossa mesa sentou-se o simpático casal Itamar e Gladys, de Blumenau, que estava fazendo aquela trilha pela primeira vez e mostravam-se visivelmente admirados com tudo que viam.
Após o almoço, o grupo se dividiu entre aqueles que voltaram pela trilha e os que optaram por retornar de barco, no qual me incluí.
Estávamos no píer esperando o barco de linha quando chegou um grupo de turistas de origem nipônica que também estava no restaurante. Pouco depois, aproximou-se um barco que havia sido fretado para aquele grupo.
Enquanto esperavam o atracamento, questionamos sobre a origem deles e descobrimos que são da região de Cascavel, no Paraná. Fizemos, então, um corredor polonês e o grupo começou a passar para o embarque e nós desejávamos boa viagem e agradecíamos pela visita a Florianópolis e eles, sorriam timidamente.
Em determinado momento passou uma pessoa que não era de origem nipônica e a Vanisi, tocando-lhe no braço disse:
- Espera aí, não estás entrando no barco errado? Afinal não tens origem japonesa.
O jovem fez uma expressão assustada, depois sorriu e disse que era casado com uma japonesa, apontando para a esposa, mais atrás na fila.
Quando o barco deles partiu acenamos desejando boa viagem e eles corresponderam com acenos e largos sorrisos.
Alguns minutos depois chegou o barco de linha e nele seguimos até o ponto final ao lado da ponte da Lagoa.
Foi um agradável passeio, só prejudicado pela ausência da Clarice.
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