Caminhada: São Martinho/SC




2011 - maio, 14 e 15

Caminhada promovida pela ACACSC (Associação Catarinense dos Amigos do Caminho de Santiago de Compostela), teve o planejamento e organização por parte do Cláudio (Capitão Malagueta) e se daria numa região rural entre os municípios de São Bonifácio/SC e São Martinho/SC.



Participaram 41 pessoas. O grupo era ótimo e pudemos contar com o retorno da Aldair e rever tantos amigos que não encontrávamos há algum tempo.

Lamentamos a ausência do Leônidas e da Vanisi que não puderam comparecer, apesar de estarem na lista de caminhantes.

Atendendo orientação passada pela Associação, preparamos a mochila grande, contendo todos os itens necessários a caminhada do dia, pernoite e retorno no outro dia. Tendo em vista que o tempo havia esfriado e havia previsão de chuva, incluímos fleece, anorak, sobrecalça impermeável e capa. Eu estava estreando a mochila que usarei no Caminho de Santiago.

Acordamos cedo, fizemos um lanche e tomamos um taxi para ir até o Terminal Cidade de Florianópolis, onde a saída estava prevista para as 6 horas.

O ônibus partiu às 6h20m e o dia começava a receber a claridade do sol.

Às 6h50m, o ônibus fez uma parada não programada no Engenhão para algumas pessoas tomarem o café da manhã. Ali o sol começou a se mostrar, dando-nos belas imagens e esperanças de um dia de clima bom.





Partimos novamente e a conversa foi rolando enquanto seguíamos direto para a localidade de Rio do Poncho no município de São Bonifácio/SC. Descemos do ônibus e nos dirigimos ao pátio de uma escola onde realizamos os alongamentos sob a coordenação da Cirlene.





O Norberto, sempre alegre, trazia seu famoso "El cinturón de la felicidad" cujo conteúdo seria degustado calmamente no desenvolvimento da caminhada.

















A caminhada iniciou às 9h20m, por uma estrada ladeada por propriedades rurais.

Como sempre ocorre, o grupo saiu junto e aos poucos cada um foi estabelecendo seu ritmo e, em pequenos grupos, seguimos caminhando.







De tempos em tempos o Capitão segurava o pessoal da dianteira para reagrupar a todos.





De repente iniciou uma garoa e abrigados em uma garagem iniciamos os procedimentos de proteger as mochilas e a nós próprios com as respectivas capas. Algumas pessoas haviam levado sombrinhas.

Caminhamos sob chuva e suávamos sob as mesmas. Este é um velho dilema das capas de chuva: abrigam-nos, mas nos submetem a uma sessão de sauna. Estamos todos aguardando que se encontre uma solução para este impasse e, até hoje, não desenvolveram um produto eficaz.

Próximo ao meio-dia o proprietário da pousada onde nos hospedaríamos estava nos aguardando em frente a casa de um casal de agricultores com uma cesta contendo laranja, tangerina e banana. O casal recebeu a todos, e serviu café que consumimos com o lanche que havíamos levado.




O Rudi fez uma coleta e deixamos uma gorgeta em agradecimento à atenção por eles dispensada. Efetuamos as despedidas e quando partimos o senhor foi às lágrimas de emoção.

Depois do lanche não choveu mais e seguimos até a localidade de Vargem do Cedro, onde nos hospedaríamos na  Pousada Deutsches Haus.







Nesse dia a caminhada foi de 20,5 km e chegamos às 15 horas.

Depois do banho seguimos até a Fluss Haus, famosa casa de café colonial, fabricação de bolachas decoradas e comércio de produtos coloniais. Fluss Haus significa "casa do rio" e teve esta denominação em virtude do rio que passa no jardim da casa, onde há carpas e roda de engenho, além de um belo e bem cuidado jardim. Ali tomamos um rápido café, tendo em vista que a janta estava programada para as 18h30m na pousada. O café colonial é fartíssimo e foi difícil escolher, dentre tantas opções apetitosas, o que comer de forma a não passar dos limites calóricos.



Depois do lanche fomos para a pousada, sentamos na varanda e jogamos um pouco de conversa fora.

Seguimos então para o restaurante da pousada e, servindo-nos dos vinhos que havíamos carregado, continuamos a conversa aos grupos, até que foi anunciado o jantar.




Enquanto jantávamos, o proprietário da pousada e sua filha Suelen, fizeram uma apresentação musical, ele na sanfona e ela no pandeiro.

Após o jantar unimos duas mesas e ficamos contando piadas.

Depois de algum tempo o pessoal que estava no outro ambiente do restaurante começou a cantar em coro e nos juntamos a eles.

Ficamos ali, animadamente cantando as músicas que eram sugeridas ora por um ora por outro e depois puxadas pelo Norberto (Beto). Cantamos de tudo um pouco.


Após cantarmos Rancho de Amor à Ilha o Ferreira fez um depoimento emocionado.

Como observou o Cenoer, até o Graciano, conhecido por seu silêncio, cantou as músicas com o grupo.

O clima estava tão bom e emocionante que a cozinheira e a Suelen, após terminarem os serviços na cozinha juntaram-se ao grupo e cantaram várias músicas conosco.


Fomos, então, para os quartos para dormir e descansar para enfrentar a caminhada do dia seguinte.

Choveu a noite toda. A Clarice e eu acordamos várias vezes durante a noite e parecia que cada vez chovia mais, deixando-nos preocupados de como estaria a estrada no dia seguinte, tendo em vista que ela havia sentido a perna na quinta e sexta-feira e também na caminhada de sábado. Eu estava com a região da canela avermelhada, parecendo uma alergia e sentia a região aquecida.

Quando nos acordamos e enquanto colocávamos a roupa de caminhada ouvimos música no pátio da pousada e fomos ver. Era o proprietário e sua filha fazendo uma serenata para acordar os caminhantes.


Fomos ao restaurante da pousada tomar o café da manhã. Ali surgiram as primeiras conversas sobre a possibilidade de algumas pessoas não caminharem no domingo.

A Clarice e eu ficamos na dúvida e depois decidimos que não deveríamos caminhar, tendo em vista que a lama na estrada a deixaria escorregadia e deveria dificultar a caminhada e não queríamos correr riscos que viessem a prejudicar nossa caminhada no Caminho da Ilha agendado para junho.

Depois de algum tempo o José Alves conversou com todos e trinta pessoas resolveram fazer o retorno caminhando e onze declinaram de caminhar.

Assistimos à partida dos caminhantes e ficamos no hotel aguardando nosso transporte. Passada meia hora da saída deles, eu estava arrependido de não ter seguido junto, apesar do problema no tornozelo, mas aí já era tarde para sair, tendo em vista que eu não conhecia o caminho e poderia atrasar a saída do ônibus.



Nesse período, brincamos com o tucano Chiquinho da pousada e fizemos o lanche. Recebemos atenção do Harick e da Suelen, filhos do proprietário que trabalham na administração da pousada.





Quando seguíamos para a localidade de Rio do Poncho para tomar o ônibus, vimos que uma ponte estava submersa sob a correnteza do riacho exigindo fazer uma alça que aumentava 3 km no percurso, situação que os caminhantes também teriam de ter adotado.

Mais à frente começamos a encontrar os caminhantes e a cada grupo que encontrávamos fazíamos uma festa.

A caminhada de retorno foi de 23 km e teve momentos de chuva e outros de tempo melhor.

No retorno o ônibus parou na Pousada das Hortências onde nos serviram um café colonial, fato que o Capitão guardou em segredo até a chegada ali. O café estava farto e delicioso, inclusive com direito a pernil de porco assado, omelete e muitas outras delícias.






Chegamos a Florianópolis às 19h20m.



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