2024- abril - 15 a 20
Em outubro de 2023, quando fizemos a peregrinação de aniversário do Caminho do Louvor, o Sr. Pedro Eyng, proprietário da Acolhida Beija-Flôr, comentou conosco que os moradores da região pretendiam fazer uma peregrinação em março de 2024 e que, se houvesse vagas, nos convidaria. Aceitamos de imediato.
Confirmada a caminhada para abril, nos convidou e iniciamos os preparativos.
A caminhada seria na rota Paulina (via Leoberto Leal), no sentido oeste, ou seja, saindo de Nova Trento e chegando em Ituporanga.
Por questão logística, decidimos que nosso deslocamento seria melhor se fôssemos na véspera até Ituporanga, pernoitar na Acolhida Beija-Flôr, de propriedade do Sr. Pedro Eyng e, de lá, seguir com carona dele até Nova Trento para iniciar a caminhada. Desta forma, ao final, já teríamos nosso carro em Ituporanga para retornarmos.
No dia 14, véspera da caminhada, chegamos na acolhida onde fomos muito bem recebidos como sempre ocorreu lá. No início da noite chegou um casal de Maringá/PR, Marcelo e Janaína, que caminhariam conosco. Os demais caminhantes eram todos da região.
Vanderléia, esposa de Pedro, nos serviu o jantar e após conversarmos um pouco, fomos para a cama descansar para o dia seguinte.
Primeiro dia de caminhada: 15/04/2024 - Segunda-Feira
Início: 11h18m - Santuário Santa Paulina, Vígolo , Nova Trento, SC -
Término: 16h15m - Acolhida Águas Cristalinas, Comunidade Lageado, Nova Trento, SC
Distância percorrida: 18 km
Ganho elevação: 452 metros
Acordamos cedo, tomamos um farto café da manhã servido por Vanderléia e preparamos as mochilas para o dia. Falo mochilas porque nesta caminhada contaríamos com carro de apoio e carregaríamos às costas somente uma mochila pequena. a maior iria no veículo.
Partimos os cinco (Clarice, eu, Marcelo, Janaina e Pedro) em direção a Vidal Ramos onde encontraríamos os demais caminhantes para seguir para Nova Trento. Em Vidal Ramos todos já nos aguardavam, então Marcelo e Janaína passaram para o carro de Seu Tioga (Edenir) e seguimos viagem. Estávamos em vários carros. Paramos em Botuverá para um café e ida ao banheiro e seguimos.
Em Nova Trento, no Santuário de Santa Paulina, já com chuva, fizemos todos os preparativos e ficamos aguardando o Padre terminar a missa que ja estava sendo celebrada para que concedesse uma benção a nossa peregrinação.
Após a benção, fizemos as tradicionais fotos e iniciamos a peregrinação descendo as escadarias do Santuário. Ali mesmo já iniciamos a oração do terço.
Os primeiros três quilômetros, que se faz pela via principal, urbana, são bem desconfortáveis por causa do trânsito e das calçadas problemáticas ou inexistentes.
Pedro nos esperava na esquina onde é a entrada para a estrada rural (Rua Pedro Piffer) com o carro aberto, oferecendo o primeiro lanche. Vanderleia havia preparado três enormes vidros do biscoito cueca virada, sendo um salgado, outro só doce e o último doce pulverizado com açúcar. Havia no carro frutas diversas, água mineral, água de côco e uma garrafa de schnaps, esta muito bem vinda para aquele momento de frio e chuva.
Retomamos a caminhada e a próxima parada foi na localidade de Frederico, na Capela São Mártires das Missões.
Fomos caminhando, ainda sem muita interação entre os caminhantes. A chuva, a touca da capa e o ritmo de caminhada na chuva não contribuíam para favorecer uma conversa. Carmem, Tioga, Élio, Dilmar e Pedro, eram os caminhantes da região. Clarice, Maurício, Janaína e Marcelo, os "estrangeiros".
Chuva do início ao fim, sem interrupção.
Na Acolhida Águas Cristalinas, que já conhecíamos da peregrinação em outubro de 2023, fomos calorosamente recebidos por D. Anastácia e Seu Miri (Mário). A Clarice e eu percebemos que já haviam adotado algumas sugestões e haviam instalado um tanque com escova e uma prateleira porta-calçados no lado externo da edificação onde dormem os peregrinos, possibilitando que se tire as botas no lado externo, limpando-as e evitando entrar com botas sujas no local de dormir. Para aquele dia de chuvas, foi especialmente útil.
Depois de nos instalarmos e de um merecido banho, seguimos para a área de convivência da acolhida, um amplo galpão com duas mesas grandes e cozinha completa com fogão à lenha. Ali ficamos conversando, alguns tomando chimarrão e outros entre goles de um saboroso café quentinho e uma mesa farta (cuca, queijo, pão, etc.) que foram feitos e servidos por D. Anastácia.
Todos colocaram seus calçados molhados sob o fogão à lenha para secar.
Alguns jogaram cartas. A filha e nora de D. Anastácia também interagiram com os caminhantes. Ficamos ali em agradável conversa enquanto D. Anastácia preparava o jantar.
Jantamos, conversamos mais um pouco e nos recolhemos aos quartos para descansar para a caminhada do dia seguinte. Passamos momentos muito agradáveis naquele ambiente acolhedor.
Segundo dia de caminhada: 16/04/2024 - Terça-Feira
Início: 6h40m - Acolhida Águas Cristalinas, Comunidade Lageado, Nova Trento, SC
Término: 14h30m - Acolhida Ninho do Periquito, Comunidade Poço Bonito, Nova Trento, SC
Distância percorrida: 28,8 km
Ganho elevação: 522 metros
Amanheceu chovendo como previsto.
Um farto café da manhã nos foi servido. Nos preparamos e, antes de iniciarmos a caminhada, D. Anastácia fez uma oração e benzeu um-a-um todos os peregrinos.
Partimos com chuva após nos despedirmos do simpático casal da acolhida. Iniciamos a oração do terço e fomos caminhando, evitando as poças. A cada carro que passava tínhamos que nos proteger para não receber um esguicho de lama.
Reiniciamos a caminhada e seguimos em direção à localidade de Conquista. Pedro já nos aguardava na Capela São Francisco Xavier, para reunir o grupo. Por estarmos todos bem, decidimos avançar mais três quilômetros.
Neste trecho final já não chovia mais.
Pedro neste momento havia vindo com a pick-uk Saveiro de Rafael, proprietário da Acolhida Ninho do Piriquito para buscar o grupo. Passou por nós e nos aguardou mais à frente. Carmem foi no banco do carona e os demais na caçamba.
Não sei se já tínhamos percorrido 500 metros quando iniciou uma chuva. Ríamos muito e alegremente da situação. A chuva se enfezou e virou temporal. Ficou frio. Agora os risos já continham uma mistura de desespero pois a chuva era forte e fria, recebíamos o vento da locomoção do veículo e saltávamos aos solavancos dos buracos na estrada. Mas tudo era diversão e felicidade. A água tomava conta de todas as partes de nossos corpos. Mas o humor não desapareceu. Seu Tioga, que estava sentado na beirada da caçamba falou "já está correndo água no valinho" e todos caíram numa sonora gargalhada. Chegamos na acolhida ensopados.
Todos foram aos banhos e lavação e secagem de roupas.
Enquanto aguardávamos o jantar serviram-nos café e lanche e Rafael trouxe um ótimo queijo e salame para aperitivar.
A Acolhida Ninho do Piriquito também conta com uma ampla área coberta com mesas e cozinha e todos ficamos por ali numa animada interação. Adriana e Rafael dividiam seus afazeres com animadas conversas conosco. Rolou até dominó. O grupo já estava bem entrosado.
Então nos foi servido um saboroso e farto jantar. Passado algum tempo nos recolhemos para dormir.
Terceiro dia de caminhada: 17/04/2024 - Quarta-Feira
Início: 7h48m - Acolhida Ninho do Periquito, Comunidade Poço Bonito, Nova Trento, SC
Término: 15h35m - Hotel JK, Leoberto Leal, SC
Distância percorrida: 27,7 km
Ganho elevação: 784 metros
Um excelente café da manhã foi servido. Nas acolhidas do Caminho do Louvor, as refeições contam sempre com pratos e produtos preparados pelos proprietários ou por agricultores vizinhos. Uma delícia.
Após uma oração em grupo, seguimos em dois carros para o ponto de início da caminhada (local de parada no dia anterior), em uma estrada bem esburacada por conta das chuvas. Desta vez não necessitou irmos na caçamba.
Aqui cabe relembrar que nossa caminhada era no sentido Nova Trento - Ituporanga, ou seja, subida.
Diferentemente dos dias anteriores, neste dia estávamos com sol e o chão úmido. Aumentava assim a sensação de calor. As constantes subidas tornavam a caminhada mais desafiante.
Tudo isso era amenizado pela bela paisagem, pela constante presença do rio ao nosso lado, pelas pessoas que caminhavam conosco e pelo apoio proporcionado por Pedro Eyng.
Para nossa surpresa, na localidade de Rio das Pedras, em um bar, na frente da Capela São Rafael, Pedro nos aguardava para uma pausa, com uma pequena churrasqueira elétrica onde assou carne de porco que comemos com pão. Estava delicioso.
Seguimos caminhando e subindo, caminhando e subindo, subindo, subindo ...
Como ocorre em todas as caminhadas em grupo, durante o trajeto caminhamos um pouco acompanhando e conversando com alguém, trocando experiências. Momentos depois já estamos conversando com outra pessoa, às vezes em pequenos grupos. E assim, distraídos com as conversas e com a paisagem e os detalhes que só o caminhante consegue ver, vai se vencendo as distâncias. Há momentos que se reserva para caminhar sozinho, introspectivamente. É necessário reconhecer e respeitar o momento da pessoa que está próxima, procurando entender se ela está querendo um momento de solidão para seus pensamentos ou orações.
Estava sendo um dia bem "puxado" em relação ao ganho de elevação, principalmente por causa da elevada temperatura.Por fim começamos a identificar que estávamos nos aproximando da área urbana pela densidade de residências e depois pelo calçamento da via. Então, avistamos a torre da Igreja. Mais algumas centenas de metros e estaríamos no Hotel JK.
Já no hotel, Sílvio, o proprietário nos recebeu e fez a distribuição dos quartos.
A Clarice conversou com a mãe de Silvio, uma simpática senhora e estendeu no pátio as roupas lavadas para secarem.
Ficamos, então, em uma mesa do restaurante do hotel batendo um papo em grupo. Depois Élio, Dilmar e Tioga saíram para fazer uma visita a parentes, Janaína e Marcelo foram para o quarto cuidarem das bolhas nos pés de Marcelo e a Clarice foi junto com D. Maria Ruth, mãe de Sílvio colocar na secadora a roupa que não secara completamente no varal, .
Já iniciava a noite quando adentrou no ambiente Aline Leonhardt, a apresentadora do canal Vale Agrícola, acompanhada da pessoa que encontráramos na estrada. Veio para conhecer Marcelo, que soubera ser seu fã. Subi para chamá-lo. Depois de bater na porta de seu quarto e comunicar que havia uma visita para ele, desconfiou ser Aline, mas não acreditando. Mesmo eu tendo confirmado, ele não quis acreditar que ela viera até ali para conhecê-lo. Insisti e por fim, desceu e emocionado e grato pode conhecer pessoalmente a apresentadora cujo trabalho admira.
Depois que todos já estavam de volta serviram o jantar e então nos recolhemos para o merecido sono.
Quarto dia de caminhada: 18/04/2024 - Quinta-Feira
Início: 7h51m - Hotel JK, Leoberto Leal, SC
Término: 12h03m - Acolhida Caminho das Flores, Imbuia, SC
Distância percorrida: 14,4 km
Ganho elevação: 510 metros
Para este dia o trajeto seria mais curto porque D. Maria e Seu Nego da Acolhida São Cristovão não estão mais recebendo peregrinos para pernoite. Pedro conversou com D. Leonete Scheidt para nos acolher em uma casa ao lado de sua propriedade e que pretende transformar em acolhida. Seríamos os primeiros hóspedes. Essa casa fica alguns quilômetros antes de Imbuia, por isso o percurso seria menor.
Neste dia a caminhada é toda efetuada às margens de rodovia asfaltada (SC-281).
Vendo a água que corria na cascata sobre a gruta pude perceber o quanto chovia em outubro quando passamos ali. Na época parecia que a gruta desabaria sobre nós. Abaixo as fotos comparativas dos dois momentos.
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| Cachoeira da gruta em abril de 2024 |
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| Cachoeira da gruta em outubro de 2023 |
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| Cachoeira da gruta em outubro de 2023 |
Dali seguimos caminhando pela rodovia. A caminhada do dia, como disse, seria mais curta, porém não necessariamente mais fácil pois o trajeto não tem sombras e há muito ganho de altitude. No dia anterior, caminhamos 27,7 km com 784 metros de ganho de elevação, ou seja, subimos em média 28 metros por quilômetro. Neste dia, para um trajeto de 14,4 km, e ganho de elevação de 510 metros, resulta em uma média de 35 metros de ganho de elevação por quilômetro.
Seguimos novamente caminhando entre descidas e subidas. Mais à frente Pedro nos esperava novamente para reabastecimento de água, fruta ou biscoitos.
E, assim, fomos até a acolhida. Chegamos muito cedo, ao meio-dia, surpreendendo Leonete que ainda estava em meio aos preparativos. Fomos nos instalando e tomando banho enquanto Leonete preparava um substancioso lanche que foi servido em um amplo salão de festas que faz parte da propriedade.
No início da tarde, o marido de Leonete, Deny Scheidt, Prefeito de Imbuia nos fez uma visita e ficou algum tempo sentado conosco em conversa e chimarrão.
No meio da tarde fomos a um bar do outro lado da rodovia em frente a acolhida e fizemos uma animada mesa de bate papo e cerveja. Todos já estavam totalmente integrados. Foi um momento muito bom.
Mais tarde, já de volta a acolhida ficamos no salão de festas e fizemos algumas rodadas de carteado.
Para o jantar Leonete preparou um evento de lançamento da Acolhida e tivemos vários convidados. Além de seus familiares compareceram Vanderleia, esposa de Pedro, Luciana, o Sr. Heitor e Úrsula da Acolhida _____, Talita e os filhos Lucas e Davi (Eduardo não pode comparecer porque participaria de uma live). E nosso amigo Ricardo que fora nosso guia em outubro e é o responsável pela sinalização do caminho.
Antes do jantar Leonete e Deny expressaram algumas palavras sobre o significado e a importância daquela iniciativa para eles e depois houve uma apresentação com os participantes cantando o belo hino do Município e a declamação de forma sensacional, po uma adolescente, de um texto contando sobre o amor dos habitantes por Imbuia.
No dia seguinte, após o café da manhã os peregrinos foram convidados por Leonete para plantar uma árvore no terreno da acolhida para marcar a data de início das atividades da Acolhida. Também participamos de uma consulta para escolha de um nome para a acolhida, dentre várias sugestões elencadas por ela. A escolha foi Acolhida Caminho das Flores. Esperamos que não só a acolhida seja um caminho de flores, mas que todo o trajeto do Caminho do Louvor seja uma caminho de flores e frutas.
Iniciamos a caminhada que ainda se faz na ciclovia da SC-281.
Na casa de D. Maria e S. Nego, entramos para uma visita e para que os caminhantes do Paraná conhecessem a grande coleção de vidros de compota preparados por D. Maria. Como sempre o fazem, nos receberam com muito carinho e ainda fomos agraciados com a degustação do famoso bolo de lata de D. Maria, acompanhado de ricota e doces que ela mesma produz.
Nos despedimos e seguimos para o centro da cidade de Imbuia.
Visitamos a Catedral que está passando por reformas. Na gruta, recebemos uma benção do padre e seguimos.
Ao passarmos em frente a Prefeitura Volnei Goeder fez questão de vir nos cumprimentar e desejar uma boa caminhada.
Voltamos à estrada onde pegamos muita poeira por conta do grande movimento de veículos.
Seguimos caminhando entre conversas e admiração da paisagem. Sempre subindo.
Passamos em frente da casa da irmã de nosso companheiro de peregrinação, Elio Becker e paramos para cumprimentá-los. Soubemos que ela estava de aniversário e cantamos os parabéns. Em frente a casa há um pequeno pé de butiá que estava repleto de frutos e ela disse que poderíamos pegar para comer. Pegamos alguns e seguimos caminhando. Pouco mais à frente, chegamos, então, na casa de nosso amigo de caminhada Elio Becker e sua esposa Alzira nos aguardava com uma mesa de lanche que só de lembrar enquanto redijo, dá água na boca.
Ficamos ali um bom tempo comendo, conversando e descansando um pouco.
Quando seguimos, já estávamos acompanhados dos familiares de outro amigo de caminhada, o Dilmar, cuja casa ficava pouco adiante.
Nesse trajeto, paramos ainda em uma propriedade onde pudemos acompanhar o trabalho dos lavradores junto ao maquinário de seleção de cebolas para encaminhar os compradores.
Na localidade de Rio das Pacas, paramos em uma escola e as crianças que estavam em horário de intervalo de atividades interagiram com os peregrinos expondo sua curiosidade e admiração. Foi um momento mágico.
Atravessando a rua fomos no Bar do Zecão, um armazém antigo no qual o amigável Zecão atende a todos com sua simpatia e tomamos uma cerveja para "refrescar do calor intenso".
Depois seguimos nossa caminhada até a Acolhida Beija-Flor. Vanderleia esposa de Pedro que acompanha cada passo dos peregrinos por meio do grupo de WhatsApp, nos aguardava.
Neste dia Seu Tioga (Edenir) deixou o grupo porque tinha compromisso ao qual não podia faltar no dia seguinte. Com tristeza nos despedimos.
Assim como ocorrera em Imbuia, Pedro fez um jantar para os peregrinos, parentes próximos dos peregrinos da região e alguns convidados especiais.
Acordamos e tomamos um delicioso café preparado por Vanderleia.
Neste último dia caminharam conosco o Greyson (filho de Pedro) e sua esposa e Eduardo Bittelbrunn, criador do Caminho do Louvor.
O clima estava agradável e caminhávamos conversando, sendo que no trecho inicial tem uma boa descida. Porém, como esta rota é de subida, significa que descer é sinônimo de subida futura.
A caminhada transcorreu bem e conseguimos vencer de forma satisfatória os quase 20 km do trajeto do dia.
Quando nos aproximamos do centro, paramos ao lado da represa para reunir os peregrinos e fazer uma foto do grupo e seguimos rumo ao Complexo Religioso Nossa Senhora de Lourdes, sabendo que lá nos esperavam 460 degraus da escadaria de acesso.
Terminar uma rota de peregrinação é sempre um momento de satisfação intensa de ter vencido os desafios da topografia e do clima, assim como as dores no corpo inerentes a longas caminhadas. Estávamos chegando com amigos da caminhada anterior e novos amigos conquistados neste caminho.
E fomos subindo os degraus sob sol de quase meio-dia. Nas plaquetas ao lado da escadaria a contagem regressiva dos degraus faltantes.
Finalmente vencemos o último desafio. Os caminhantes locais eram aguardados por seus parentes que os recebiam com abraços. Um frei nos aguardava na capela do Complexo. Ele recebeu o cajado das intenções e deu uma benção a todo o grupo e fez a entrega dos certificados da peregrinação.
Fomos todos almoçar em um restaurante e nos sentamos todos em volta de uma grande mesa. Depois do almoço nos despedimos e cada um seguiu para suas casas. A Clarice e eu pegamos uma carona com Pedro até sua casa para pegar nosso carro que havia ficado lá.
Esta foi nossa segunda peregrinação no Caminho do Louvor e temos a certeza de que com a permissão de Deus voltaremos a trilha-la.
2 comentários:
Muito rica e útil sua documentação para os demais peregrinos, e também para nós do caminho. O registro da cachoeira da gruta em duas épocas distintas não tem preço. Parabéns, sejam sempre bem vindos!
Obrigado pelas palavras Roberto Carlos
Percorrer o Caminho do Louvor por duas vezes em seis meses foi muito gratificante. Esse Caminho já está na nossa lista de retorno. Abraços.
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